jeudi 6 mai 2010

Roy Lichtenstein

(Roy Lichtenstein, 1985)


Roy Fox Lichtenstein (27 de outubro de 1923 - 29 de setembro de 1997) foi um proeminente artista americano pop. Seu trabalho foi profundamente influenciado por ambos estilos de publicidades populares e livros em quadrinhos. Ele mesmo descreveu o Pop Art como "nao é uma pintura 'americana' mas na verdade uma pintura industrial".

Continua-----------------------

mercredi 28 avril 2010

Across The Universe - The Beatles



Como vocês puderam ver no meu perfil, uma das minhas bandas favoritas sao os Beatles. Na verdade essa nao é uma das minhas bandas favoritas. Essa é a minha banda favorita. Decidi entao escolher uma das musicas que eu prefiro o que é muito dificil porque sao tantas as que eu gosto. Acabei ficando com Across The Universe.

Across The Universe - The Beatles

Words are flying out like
endless rain into a paper cup
They slither while they pass
They slip away across the universe
Pools of sorrow waves of joy
are drifting thorough my open mind
Possessing and caressing me

Jai guru deva om
Nothing's gonna change my world
Nothing's gonna change my world
Nothing's gonna change my world
Nothing's gonna change my world
Images of broken light which
dance before me like a million eyes
That call me on and on across the universe
Thoughts meander like a
restless wind inside a letter box
they tumble blindly as
they make their way across the universe


Jai guru deva om
Nothing's gonna change my world
Nothing's gonna change my world
Nothing's gonna change my world
Nothing's gonna change my world
Sounds of laughter shades of life
are ringing through my open ears
inciting and inviting me
Limitless undying love which
shines around me like a million suns
It calls me on and on across the universe

Jai guru deva om
Nothing's gonna change my world
Nothing's gonna change my world
Nothing's gonna change my world
Nothing's gonna change my world
Jai guru deva Jai guru deva


Across The Universe é uma musica escrita por John Lennon, embora ela seja creditada Lennon/McCartney. Ela apareceu pela primeira vez no album No One's Gonna Change Our World de dezembro de de 1969, ela se encontra senao no album Let it Be, produzido por Phil Spector em 1970.

No dia 4 de fevereiro de 2008, Across The Universe foi transmitida no espaço pela NASA.

A musica foi em grande parte influenciada pelo breve periodo (final de 1967 - começo de 1968) durante a qual os membros do grupo experimentaram a meditaçao transcendental, como podemos ver na letre da musica cam as palavras "Jai Guru Deva Om".

Existe também um filme cujo o nome é Across The Universe onde temos como trilha sonora apenas musicas dos Beatles. Vale a pena conferir, é bem legal porque eles nao cantam a versao original das musicas dos Beatles fazendo a originalidade do filme (aqui a versao de Across The Universe no filme: http://www.youtube.com/watch?v=yjDrrJGTWDU&feature=related). Para ouvir a versao original: http://www.youtube.com/watch?v=PN9n1bAahg4&feature=related.

(Imagem do Filme Across The Universe)


Fonte:

jeudi 22 avril 2010

Charles Baudelaire

(Charles Baudelaire por Etienne Carjat)

CHARLES BAUDELAIRE

Hoje falarei do poeta francês Charles Baudelaire, um dos meus poetas prediletos. Escolhi também um dos poemas que eu mais gosto e o publiquei em francês e em português.

L'Albatros - Charles Baudelaire, Les Fleurs du Mal (1859)
Souvent, pour s'amuser, les hommes d'équipage
Prennent des albatros, vastes oiseaux des mers,
Qui suivent, indolents compagnons de voyage,
Le navire glissant sur les gouffres amers.

A peine les ont-ils déposés sur les planches,
Que ces rois de l'azur, maladroits et honteux,
Laissent piteusement leurs grandes ailes blanches
Comme des avirons traîner à côté d'eux.

Ce voyageur ailé, comme il est gauche et veule!
Lui, naguère si beau, qu'il est comique et laid!
L'un agace son bec avec un brûle-gueule,
L'autre mime, en boitant, l'infirme qui volait!

Le Poète est semblable au prince des nuées
Qui hante la tempête et se rit de l'archer;
Exilé sur le sol au milieu des huées,
Ses ailes de géant l'empêchent de marcher.

O Albatroz - Charles Baudelaire, As Flores do Mal (1859)
Às vezes no alto mar, distrai-se a marinhagem
Na caça do albatroz, ave enorme e voraz,
Que segue pelo azul a embarcação em viagem,
Num vôo triunfal, numa carreira audaz.
Mas quando o albatroz se vê preso, estendido
Nas tábuas do convés, — pobre rei destronado!
Que pena que ele faz, humilde e constrangido,
As asas imperiais caídas para o lado!
Dominador do espaço, eis perdido o seu nimbo!
Era grande e gentil, ei-lo o grotescio verme!...
Chega-lhe um ao bico o fogo do cachimbo,
Mutila um outro a pata ao voador inerme.
O Poeta é semelhante a essa águia marinha
Que desdenha da seta, e afronta os vendavais;
Exilado na terra, entre a plebe escarninha,
Não o deixam andar as asas colossais!
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Charles Pierre Baudelaire é um poeta francês que nasceu em Paris no dia 9 de abril de 1821 et morreu no dia 31 de agosto de 1867 em Paris. Ele é um dos poetas mais famosos do século XIX: incluindo a modernidade como o motivo poético, rompendo assim com a estética classica; ele também popularizou o poema em prosa.
A través de suas obras, Baudelaire opera uma transformaçao radical em relaçao à estética dominante, proclamando querer liberar a estética de toda consideraçao moral ou ética. Em seu livro Les Fleurs du Mal (As Flores do Mal) ele tenta mostrar a relaçao entre o bem e a beleza, a felicidade e o ideal inacessivel, entre a violência e o prazer, entre o poeta e seu leitor, entre os artistas à través os anos. Sao por esses poemas considerados escandalosos que ele expressou a melancolia e essa vontade de um outro lugar.
O pai de Baudelaire morre em 1827 quando ele tinha seis anos. Um ano mais tarde sua mae (Caroline Archimbaut-Dufays) casaria novamente com o Coronel Jacques Aupick. O futuro poeta nunca perdoara sua mae por esse segundo casamento e o Coronel Aupick que viraria embaixador mais tarde, incorporava aos seus olhos tudo o que lhe fazia obstaculo em relaçao ao que ele amava: sua mae, a poesia, o sonho, e a vida sem contingências. "Se ele vai detestar o Coronel Aupick, com certeza é porque este se opoem à sua vocaçao. Mas sobretudo porque seu padrasto pegava-lhe uma parte do afeto de sua mae. Uma unica pessoa contava realmente na vida de Charles Baudelaire: sua mae".
Expulso da escola Louis-le-Grand em 1839, Baudelaire vive uma vida em oposiçao aos valores burgueses incorporados por sua mae e seu padrasto. Seu padrasto que julgava sua vida como "escandalosa" decide entao que ele faça uma viagem pela India que terminara em 1841.
Ao retornar em Paris ele se apaixona por Jeanne Duval, uma jovem mulata, com quem ele conheceria os charmes e as amarguras da paixao. Ele logo se endividaria e ficaria sob proteçao judicial, e conheceria, desde 1842, uma vida miseravel. Ele começa entao a compor varios poemas que fariam parte de seu livro As Flores do Mal. Em 1848 é publicado La Liberté de Penser (A Liberdade de Pensar) de Edgar Allan Poe, à partir dessa época, Baudelaire proclamara sempre sua admiraçao pelo escritor americano e sera seu tradutor. A descoberta das obras de Poe e de Joseph de Maistre confirmaram definitivamente sua "febre revolucionaria". Seus poemas foram rapidamente censurados, ele foi compreendido apenas por alguns de seus contemporâneos. No jornal Le Figaro do dia 5 de julho de 1857, Gustave Bourdin reage à ediçao de seu livro As Flores do Mal dizendo: "As vezes nos perguntamos sobre o estado mental do Sr. Baudelaire, e tel vezes que nao nos perguntamos mais; - é, na maior parte do tempo, a repetiçao monotona e premeditada das mesmas coisas, dos mesmos pensamentos. O odioso que se esfrega ao ignobil; afastando-o para depois juntar-se ao infecto..." e esse seria o julgamento dominante na época.
O livro As Flores do Mal seria editado em 1857. Ele seria censurado o mesmo ano por "ofensa à moral religiosa" e por ser "prejudicial à moral publica e aos bons costumes". Baudelaire sera condenado a pagar uma multa de 300 francos (que em seguida seria reduzida à 50 francos), seu editor 100 francos, 6 poemas serao proibidos. Toda essa situaçao marcou profundamente o poeta que realizou, forçado e constrangido, uma nova ediçao em 1861. Em 1866 o escritor consegue publicar seus 6 poemas antes proibidos, acompanhados de outros 16 novos poemas em Bruxelas, ou seja, fora da jurisdiçao francesa, entitulado Les Epaves.
Em 1864, o poeta, cheio de dividas vai pra Bélgica para empreender ume série de conferências onde seu talento como critico de arte nao fez grande sucesso. Ele acaba ficando em Bruxelas, fazendo criticas contre o pais que mal o acolheu, figurando aos seus olhos como uma caricatura da França burguesa.
Na Bélgica, Baudelaire encontrara Félicien Rops qui ira ilustrar As Flores do Mal. Durante uma visita à igreja Saint-Loup de Namur, Baudelaire desmaia. Esse colapso foi acompanhado de disturbios cerebrais, particularmente de afasia. A partir de março de 1866 ele começa a sofrer de paralisia. Ele acaba morrendo em Paris de sifilis no dia 31 de agosto de 1867, sem poder realizar uma ediçao definitiva do trabalho de sua vida: As Flores do Mal. Ele foi enterrado no cimitério de Montparnasse no mesmo tumulo que seu padrasto, o coronel Aupick e sua mae.
O Spleen de Paris sera editado postumamente en 1869. Depois de sua morte seu legado literario foi leiloado. Michel Lévy (editor) o adquire por 1750 francos. A terceira ediçao das Flores do Mal que preparava Baudelaire acompanhada de 11 novos poemas desapareceu com ele. No dia 31 de maio de 1949 depois de uma longa revisao das Flores do Mal, o livro foi finalmente concedido pela Câmara Criminal do Tribunal de Cassaçao.
Fonte:
http://fr.wikipedia.org/wiki/Charles_Baudelaire (Aqui mais uma vez o texto estava escrito integralmente em francês, traduzi como pude)

dimanche 18 avril 2010

Aubrey Beardsley




(Retrato de Aubrey Beardsley - 1895)


AUBREY BEARDSLEY

Essa semana em uma aula de inglês, falamos deste pintor e mais precisamente de sua obra The Peacock Skirt. Nesse artigo me interessarei unicamente pela vida do pintor.

Aubrey Vincent Beardsley (21 de agosto de 1872 em Brighton - 16 de março de 1898 em Menton) foi um ilustrador e autor inglês. Seus desenhos foram executados com tinta preta e influenciados pelo estilo das gravuras japonesas, enfatizando o grotesco, o decadente e o erotico. Ele também foi o protagonista do "Aesthetic Movement" (Movimento Estético) que incluia também Oscar Wilde e James A. McNeill Whistler (o "Aesthetic Movement" é um movimento europeu do século XIX que enfatizava valores estéticos em relaçao à temas morais ou sociais em literatura, arte e arte decorativa). A contribuiçao de Beardsley no desenvolvimento do estilo Art Nouveau e para o movimento de posteres foi significativo apesar de sua breve carreira interrompida pela sua morte prematura de tuberculose.


Sua carreira artistica começara com o seu encontro com o pintor pré-rafaelita Edward burne-Jones que o orientou à Westminster School of Art onde ele teve como professor Frederick Brown. Beardsley foi o artista mais polêmico do movimento Art Nouveau, famoso por suas imagens obscuras e perversas e por seu erotismo grotesco que eram os temas principais de seu trabalho. Suas ilustraçoes eroticas mais famosas tinham como tema historia e mitologia.





(Lysistrata - Aubrey Beardlsey 1896)

Ele fez igualmente muitas ilustraçoes para livros e revistas (como a Morte de Arthur para a ediçao de luxo do Sir Thomas Malory) e trabalhou também para revistas como a The Studio e The Savoy. Beardsley também escreveu Under the Hill, um conto erotico inacabado. Ele era caricaturista e fez alguns desenhos politicos. Seus trabalhos refletiam a decadência de sua época e sua influência foi enorme, claramente visivel nos trabalhos do Simbolisma Francês, no Poster Art Movement de 1890 e nos trabalhos de muitos artistas depois do periodo Art Nouveau como Pape e Clarke.


Beardsley dizia: "Eu tenho um objetivo - o grotesco. Se eu nao sou grotesco eu nao sou nada". Ele também era meticuloso em relaçao ao modo de se vestir: ternos cinzas, chapéus, gravatas; luvas amarelas...


Apesar de Beardsley estar ligado ao "clique homossexual" que incluia Oscar Wilde, os detalhes de sua sexualidade permanecem obscuros. As especulaçoes em relaçao à sua sexualidade incluiam rumores de uma relaçao incestuosa com sua irma mais velha (Mabel) que teria engravidado. Através toda a sua carreira, Beardsley teve ataques recurrentes de sua doença que acabaria com essa carreira. Frequentemente ele sofria de hemorragias do pulmao e muitas vezes era incapaz de trabalhar ou sair de casa.


Beardsley se converteu ao catolicismo em março de 1897 e teria pedido entao ao seu editor, Leonard Smithers de "destruir todas as copias de Lysistrata e os desenhos ruins... Por tudo que é sagrado, todos os desenhos obscenos." Smithers ignorou seus pedidos e continuou vendendo reproduçoes e falsificaçoes do trabalho de Beardsley.


Beardsley morreu em Menton, na França aos 25 anos no dia 16 de março de 1898 de tuberculose.

(The Peacock Skirt - Aubrey Beardsley 1892)


(The Stomach Dance - Aubrey Beardsley 1894)

(The Toilet of Helen - Aubrey Beardsley)

Fonte:


http://en.wikipedia.org/wiki/Aubrey_Beardsley


http://en.wikipedia.org/wiki/Aestheticism

(Esses dois sites estao integralmente escritos em inglês, todas as informaçoes que eu juntei eu mesma tentei traduzir)

samedi 17 avril 2010

Blog .


Ouroboros



Esse Blog não foi criado com o objetivo de ser visto pelos outros. Na verdade eu fiz esse Blog para mim mesma. Decidi juntar todas as coisas que eu mais aprecio aqui: música, fotos, personalidades, livros, arte, enfim, meio que tudo que passa pela minha cabeça.
Eu me chamo Elisa. Moro atualmente na França, mais especificamente em Paris, tenho 19 anos e sou franco-brasileira. Estou no segundo ano de Historia da Arte. Deu pra reparar que algumas palavras no meu texto nao foram acentuadas, pois bem, teclado europeu é outra coisa!



Ouroboros (ou oroboro ou ainda uróboro) é um símbolo representado por uma serpente, ou um dragão, que morde a própria cauda. A origem dessa palavra vem do grego antigo: οὐροϐóρος, dando em latim uroborus que significa, literalmente, "que morde a cauda". É um símbolo da eternidade. É possível que o símbolo matemático do infinito tenha tido sua origem a partir desta imagem.

O Ouroboros é um simbolo muito antigo que nos podemos encontrar em varias culturas em todos os continentes. A representaçao mais antiga conhecida é a representaçao egipcia datando do século XVI antes da nossa era. Sua forma circular pôde ser interpretada de diversas maneiras pelos egipcios. Como o simbolo do ciclo do tempo e da eternidade e algumas vezes o Ouroboros foi representado rodeando um sol nascente no horizonte do céu para simbolizar o renascimento do astro do dia a cada manha, ao sair do Noun (podemos considerar o Noun mais como um conceito do que um deus. Ele é o oceano que fez a vida e fara a morte, presente em todo o mundo). Desse ponto de vista ele foi visto como um simbolo de rejuvenescimento e de ressureiçao explicando sua presença sob os caixoes. Foi-lhe atribuido algumas vezes um significado protetor. Além disso, pelo fato dele morder sur propria cauda ele também foi considerado como simbolo de autodestruçao et de aniquilaçao.
No entanto, os dragoes da cultura chinesa Hongshan (-4 700/-2 600), chamados dragao-porco ((猪龍, zhulong, em chinês et Pig dragon em inglês) feitos de jade podem ter inspirado as representaçoes antigas.
Os Fenicios herdaram provavelmente essas representaçoes dos egipcios, transmitindo-as aos gregos que lhes deram o nome de Ouroboros.

Segundo a mitologia nordica, a serpente Jörmungand é um dos três filhos de Loki. Ela cresceu tanto que chegou ao ponto de rodear o mundo e pôde alcançar sua cauda em sua boca, mantendo assim os oceanos em seus lugares.
Nas lendas de Ragnar Lodbrok, o rei de Götaland, Herraud da como presente à sua filha Þora um pequeno dragao (Lindworm) que ao crescer rodeou o pavilhao da menina mordendo sua cauda. Ragnar mata o dragao que se casara com Þora. Ragnar tera um filho um ano mais tarde (de uma outra mulher, Kraka), que nasce com a imagem de uma serpente branca dentro de um olho; essa serpente rodeia sua iris mordendo sua cauda. O significado simbolico que a serpente representa aqui é o começo e o fim de todas as coisas, sendo assim um simbolo de esperança et de renascimento.
No cristianismo se nos considerarmos que a serpente simboliza as forças do mal, o demônio infernal (Gênese, a serpente que seduziu Eva), o Ouroboros pode incarnar a aliança entre dois principios opostos como a terra e o céu.

Segundo o Dictionnaire des symboles, (Jean Chevalier e Alain Gheerbrant, Robert Laffont, 11ª impressão, Paris, 1990, pág. 716) o ouroboros simboliza o ciclo da evolução voltando-se sobre si mesmo. O símbolo contém as ideias de movimento, continuidade, em consequência, eterno retorno.
A forma circular da imagem pode ser interpretada de outra maneira: a uniao do mundo khthôn (do grego, que significa "que nasceu da terra", qualificativos aplicados aos deuses infernais), figurado pela serpente e o mundo celeste figurado pelo circulo. Essa interpretaçao sera confirmada pelo fato de que o Ouroboros, em certas representaçoes sera metado preto, metade branco. Ele significara assim a uniao de dois principios opostos, seja o céu e a terra, o bem e o mal, o dia e a noite, o Yang e o Yin chinês, etc...
(os dois ultimos artigos estao integralmente escritos em francês, tudo o que eu juntei como informaçao para o meu texto eu mesma traduzi).